Primeiro livro que leio de Isabel Allende, gostei demais e não entendo como fui demorar tanto a ler.
O livro conta a vida de Maya, então com 19 anos, e apesar da pouca idade viveu coisas que jamais imaginaria, a história conta o presente e o passado que vão intercalando-se. Fala um pouco sobre a ditadura chilena e os horrores que ela causou em seus quase 20 anos (1973 até 1998). Fiquei grudada no livro, muitas vezes com vontade de abraçá-la, muitas vezes com vontade de sacudi-la... fiquei pensando que com certeza pode e deve acontecer com tantos jovens... que não tem a índole má, mas que acabam se deixando levar pelas circunstâncias e muitas vezes acabam bem mal. Um livro muito bom, uma escrita envolvente e fluida.
Sinopse:
Maya Vidal, americana de 19 anos, filha de um chileno e de uma dinamarquesa, criada com muito amor pelos avós paternos, Nini e Popo, num casarão em Berkeley. Com a morte do avô, que era tudo pras duas, a avó caiu numa depressão e a garota se revoltou com a perda do avô. Más companhias a fizeram cometer atos delinquentes, a conhecer as drogas e a prosmiscuidade. Acabou num centro para menores. Fugiu desse centro em Oregon e foi a pior decisão da sua vida. Chegou em Las Vegas, acabou trabalhando para um traficante de drogas e falsificador de dinheiro, logo assassinado por dois dos seus “colaboradores”, Maya teve que fugir. Virou mendiga e viciada em drogas. Sua avó a mandou para a ilha de Chiloé no Chile, para fugir dos traficantes. Na casa de Manuel Arias, descobriu a si mesma, o amor e o desamor, o misticismo do povo chileno, a história da sua família, além da história da ditadura no Chile, comandada pelo terrível general Pinochet.
Sobre a autora (fonte: Wikipédia):
Isabel Allende Llona (Lima, 2 de Agosto de 1942) é uma jornalista e escritora chilena. Apesar de ter nascido em Lima, sua família voltou logo para o Chile, sua terra natal. Atualmente vive nos Estados Unidos.
É filha de Tomás Allende, funcionário diplomático e primo irmão de Salvador Allende, e de Francisca Llona.
Isabel é considerada uma das principais revelações da literatura latino-americana da década de 1980. Sua obra é marcada pela ditadura no Chile, implantada com o golpe militar que em 1973 derrubou o governo do primo de seu pai, o presidente Salvador Allende (1908-1973).
Escreveu A casa dos espíritos (1982) e ganhou reconhecimento de público e crítica. A obra foi filmada em 1993 por Bille August, com Jeremy Irons e Meryl Streep. Em 1995 lançou o livro Paula, que a autora escreveu para a sua filha que estava em coma devido a um ataque de porfiria. Como a autora não sabia se a sua memória voltaria após a saída do coma, Isabel Allende resolveu contar a sua história para auxiliar a filha a lembrar dos fatos. Paula passou a ser então um retrato auto-biográfico. Sua filha morreu em 22 de dezembro.